sábado, 29 de outubro de 2011

Dez mil milhões de pessoas é o limite do mundo


Segundo um artigo publicado no “Planeta & Clima”, do professor Edward Wilson, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, sobre os impactos do crescimento populacional sobre o meio ambiente, o consumo crescente é a principal ameaça do crescimento da população.

O biólogo Edward O. Wilson, autor deste estudo, professor da universidade de Harvard, nos Estados Unidos, investigador, ambientalista e escritor, ganhando duas vezes o prêmio Pulitzer para não-ficção, afirma que dez mil milhões é o limite que nos deveríamos concentrar.

De acordo com este estudo é absolutamente crucial monitorizar agora de perto o crescimento da população humana, porque na realidade existe um aceleramento com a estimativa de 9 mil milhões em 2043, acima do que se esperava anteriormente a partir de análises de população feitas pelas Nações Unidas.

É importante pensar na questão do crescimento do consumo per capita no futuro em todo mundo. Este aumento pode ser devastador e é necessário pensar nisso de forma a alcançar a sustentabilidade na alimentação e provisão de níveis decentes de habitação em todo o globo. Wilson afirma estar “particularmente preocupado com o que estamos a fazer com outras formas de vida. Estamos a destruir a diversidade biológica, que consiste nos ecossistemas e nas espécies que os habitam.”

A população mundial tem-se concentrado nas partes não vivas do meio ambiente, nos recursos naturais, na qualidade da água, na atmosfera, nas alterações climáticas, etc. Mas é importante agora dar igual atenção à parte viva do meio ambiente, como os ecossistemas que sobrevivem e a grande maioria das espécies, que têm milhões de anos e estão em pleno processo de erosão. Seria necessário criar mais reservas e parques naturais, de forma a que os seres vivos possam ser protegidos.

É importante que os países em desenvolvimento criem programas de produção e consumo sustentáveis, ao mesmo tempo que os países desenvolvidos mostram o caminho. Na actualidade, os ricos têm padrões absurdos de consumo, e as diferenças entre os sectores mais ricos e os mais pobres estão cada vez maiores mesmo nos países em desenvolvimento. Esta é uma tendência muito perigosa. É necessário dar o exemplo nos países desenvolvidos adoptando, no mínimo, medidas de limitação do consumo e uma distribuição mais inteligente da riqueza.

NaturLink

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