terça-feira, 12 de abril de 2011

Novo sismo afecta Japão um mês após catástrofe

11 de Abril de 2011, 12:13

Um forte sismo de 6,6 na escala de Richter foi registado nesta segunda-feira no nordeste do Japão, perto da central nuclear de Fukushima, quando se assinala um mês da catástrofe que fez mais de 27 mil vítimas.

O sismo, que ocorreu às 17h16 locais (9h16 em Lisboa), foi de magnitude 6,6, segundo o Instituto de geofísica norte-americano (USGS, an sigla inlgesa).

O USGS actualizou a magnitude do sismo desta segunda-feira para 6,6, uma vez que as primeiras previsões apontavam para os 7,1 graus na escala de Richter.

O alerta de tsunami foi lançado logo a seguir ao sismo mas entretanto já foi levantado. O epicentro do sismo foi em terra a 10 quilómetros de profundidade.

Fukushima evacuada

Como precaução, os funcionários da central nuclear de Fukushima foram evacuados e a energia eléctrica do local foi cortada, anunciou a Tepco, proprietária da central.

"A empresa ordenou aos trabalhadores que saíssem e se refugiassem em um edifício resistente a sismos", afirmou um porta-voz da Tepco.

"A injecção de água para resfriar os três reactores foi suspensa quando a energia eléctrica foi cortada", completou.

A Agência de Segurança Nuclear japonesa anunciou que o fornecimento de energia já eléctrica foi restabelecido. Apesar das precauções, a agência de notícias Kyodo informou que não foi registado nenhum dano na central nuclear.

Luto pelas vítimas de 11 de Março

Mais cedo, os japoneses prestaram um minuto de silêncio em memória das vítimas do sismo e tsunami de 11 de Março, que segundo o balanço mais recente deixou 28 mil mortos e desaparecidos.

O governo japonês decidiu ampliar a zona de segurança em torno da central nuclear de Fukushima. Os novos planos de evacuação serão aplicados a localidades como Itate, a 40 quilómetros da central, e Minami Soma, onde foram medidos níveis elevados de radioatividade acumulada.

O risco de fuga de radioactividade em grande alcance diminuiu consideravelmente, mas a exposição prolongada a doses de radioactividade pouco elevadas constitui um perigo que justifica a medida, segundo o porta-voz do Governo, Yukio Edano.

Primeiro-ministro agradece solidariedade

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, publicou nesta segunda-feira uma carta em vários jornais do mundo a manifestar a gratidão pela ajuda recebida no Japão.

"Num momento de desespero, pessoas de todo o planeta uniram-se a nós. Elas inspiraram-nos com esperança e coragem", afirma Kan no texto, que tem como título "Obrigado pelo Kizuna [vínculos de amizade]", publicado em jornais de países como China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França e Rússia, entre outros.

Fonte: @SAPO com agências

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