Faltam mulheres na China, milhões de chineses não têm com
quem casar
Persistentes "tradições feudais" e três décadas de
rígido controlo da natalidade geraram na China um excedente de 33 milhões de
homens, envolvendo o país num drama social de consequências imprevisíveis.
As estatísticas oficiais falam por si: no final de 2014, a
China tinha cerca de 700 milhões de homens e 667 milhões de mulheres e a
diferença, à nascença, era de 115,8 rapazes por 100 raparigas.
Aquela desproporção, que há dez anos atingiu 121 por 100,
está a diminuir, mas continua muito acima da média global de 103 a 107 por 100.
Neste aspeto, a China é mesmo considerada o país mais
desequilibrado do mundo.
Em 2020, entre a população dos 25 aos 34 anos de idade,
haverá mais treze milhões de homens do que mulheres, indicam algumas projeções.